10 heurísticas do design aplicadas no UX Writing

Ana Augusta
3 min readJan 19, 2023

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OBS: texto originalmente publicado no Linkedin em novembro de 2022.

O número dez em papel posicionando em cima de um fundo vermelho.

Há algum tempo atrás eu me deparei com o artigo “10 Design Heuristics in UX Writing” da UX Writing Hub, nele eles falam como aplicar as 10 heurísticas de Nielsen do “ponto de vista” do texto.

Como o conteúdo é inglês, eu resolvi traduzir os pontos relevantes, mas o artigo original está no final deste texto para quem quiser ler o conteúdo inteiro. ✌🏾

1) Visibilidade do status do sistema: se uma página está carregando, as pessoas usuárias querem saber o que está acontecendo ao invés de esperar que alguma coisa aconteça. Ao invés de escrever “carregando”, seja mais específico e escreva algo como “carregando mensagens”.

2) Combine o sistema com o mundo real: as pessoas usuárias têm expectativas e boa parte dessas expectativas vêm de experiências offline. Com o texto não deve ser diferente, não apresente um termo novo se os usuários estão acostumados com outro, use palavras e frases que os seus usuários estão acostumados e se um novo termo precisa ser apresentado, ofereça um contexto.

3) Controle e liberdade dos usuários: pessoas cometem erros, por isso, as pessoas usuárias devem sentir que estão no controle da situação e, não, presas em uma jornada. Se a opção para desfazer uma ação não existe, crie uma mensagem de aviso logo no início da jornada e use a palavra “cancelar” ao invés de apenas a letra “X” no canto superior.

4) Consistência e padrões: UX é consistência, se os usuários conhecem um elemento por causa de uma palavra específica continue usando essa palavra, não use o termo “pesquisar” em um lugar e o termo “encontrar” em outro.

5) Prevenção de erro: os usuários precisam saber o que esperamos deles, se alguma ação não pode ser desfeita, deixe eles cientes com um modal de confirmação. As pessoas usuárias precisam saber das consequências de suas ações antes que elas tomem uma decisão.

6) Reconhecimento acima da memorização: reconhecer algo é mais do que lembrar de algo. A Lei de Miller argumenta que uma pessoa só consegue memorizar 7 itens por vez, isso significa garantir que uma informação seja encontrada sempre que necessário. Ofereça aos usuários um checklist ou uma experiência de onboarding para que eles aguardem a informação, assim ela será usada como referência mais tarde.

7) Uso flexível e eficiente: no UX é comum ter vários caminhos para o mesmo objetivo, mas isso não significa que a interface (UI) ou o texto deva ser repetitivo, as pessoas usuárias devem se sentirem confiantes e navegar pelo site de acordo com suas preferências. O texto pode ajudar oferecendo informações adicionais e organizando a informação de uma forma que é fácil navegar.

8) Design estético e minimalista: o minimalismo ficou popular nos últimos tempos por causa do design simples e com a menor quantidade de informações possível, mas, a busca por design mínimo não significa reduzir até o osso e, sim, entregar o que é necessário. Do ponto de vista de texto, significa entregar a quantidade certa de informação, muito informação os usuários não vão ler e pouca informação eles não entender. Se pergunte: o que a pessoa usuária precisa saber?

9) Prevenção de erros: ninguém quer ver uma mensagem de erro, mas acontece, seja por uma má função do sistema ou por erro dos usuários e a mensagem deve dizer porque o erro aconteceu e como é possível corrigir. Se os próprios usuários conseguem resolver o problema, a mensagem deve oferecer instruções e um CTA (call-to-action) para que eles não fiquem perdidos.

10) Ajuda e documentação: uma interface bem desenha será intuitiva, mas, às vezes, uma ajuda extra é bem-vinda, principalmente em sistemas complexos ou quando você quer oferecer uma informação extra para garantir que o objetivo será cumprido. Por exemplo, ao invés de escrever “aprenda mais” no link de um artigo de ajuda, escreva algo como “Para aprenda mais, leia este artigo de ajuda”.

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